segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Quase metade das mulheres do Acre vive em situação de extrema pobreza

Elas representam 45% do universo feminino de todo o Estado
Conferência para discutir políticas públicas para mulheres vai buscar formas de reduzir a miséria e violência. Atualmente metade da população do Acre é de 365 mil mulheres. De acordo com o convite da conferência, enviado à Câmara de Vereadores de Rio Branco, 165 mil mulheres ou 45% do universo feminino do Estado vivem em situação de extrema pobreza.

Verificar esses casos são simples: basta sair da área central da cidade. A miséria atinge todas as idades. Zuleide Santos Duarte, de 62 anos, mora numa casa que está para cair. Durante toda a vida, nunca conseguiu ter uma casa decente para criar os filhos.

Hoje mora numa área alagada, no final do bairro Habitasa. Vive com um salário mínimo, mas está devendo um empréstimo. O que sobra mal dá para comida.

A situação da Zuleide se multiplica pelo Estado. Gigliane Freitas de Souza tem apenas 30 anos. Cria três filhos menores sozinha. O marido está preso e a alimentação das crianças é garantida graças a um repasse mensal do Bolsa Família no valor de R$ 160. Gigliane está na relação das mulheres que precisam de ajuda.

Contar a história de miséria em Rio Branco não precisa de muito esforço: é  só sair da área central da cidade, as casas e as condições de infraestrutura dizem tudo. A Secretaria de Estado de Políticas Públicas para mulheres realizará nos próximos dias 22 e 23, uma conferência para discutir os problemas que assolam as mulheres.

O Governo do Estado já tinha realizado nove conferências no interior. Os dados serão reunidos num grande encontro em Rio Branco com delegados dos municípios.

Em algumas cidades, as políticas devem ser mais especificas: Santa Rosa e Jordão são os municípios onde a pobreza é mais sentida. Em Tarauacá e Sena Madureira é grande o número de mulheres usuárias de drogas e se prostituindo. Em Brasiléia e Epitaciolândia, elas são as preferidas pelos traficantes para o transporte da droga da Bolívia para o Brasil.
fonte:a gazeta.net

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Rocha diz que setor rural precisa de políticas de qualidade

O deputado estadual Major Rocha, do PSDB, voltou a criticar a política rural do governador Tião Viana. Ele analisou os números de produção divulgados pelo IBGE e disse que o Acre “precisa urgentemente de política rural de qualidade”. O Estado continua representando 0,1% de toda a safra brasileira.
- Há 13 anos o PT governa o Acre e não conseguiu tirar o Estado desse percentual vergonhoso. Falta competência neste setor que é primordial para a economia, a geração de emprego e renda – comentou.
O deputado tucano lembrou que 99% dos produtos vendidos em supermercados são oriundos de outros estados. Rocha disse que o homem do campo precisa de incentivos de verdade para poder permanecer no campo.
- Com a política ambiental vigente será muito difícil mudar essa realidade. O homem do campo vem sendo massacrado pelos órgãos ambientais. Perdeu-se nesses 13 anos de PT, a cultura da produção. No mês de agosto, por exemplo, foi zero a produção de café, único item que teve aumento em julho deste ano – acrescentou o deputado.
Rocha também lembrou o déficit que o Estado tem com a saúde e a educação para o homem do campo. Para o deputado, enquanto o governo continuar maquiando programas de produção, “o Acre ocupará sempre as últimas colocações nas fileiras de produção”, disse.


- Produzir para empregar, essa é a tecla que o PSDB vem tocando desde 1998, quando Tião Bocalom, que fez um excelente trabalho no setor produtivo de Acrelândia, se candidatou a primeira vez – concluiu o deputado.
fonte:blog do dep.Major Rocha

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A VERDADE SEMPRE PREVALECE


Depois de 8meses e 21 dias de afastamento voltei ao trabalho de cabeça erguida e consciência tranqüila, na verdade a consciência sempre teve tranqüila, pois sabia da minha inocência e de meus colegas e, acredito na justiça e, que a verdade sempre prevalece. Agradeço a todos que de forma direta ou indiretamente me apoiaram, deram força. Sei que muitas vezes fui injustiçado julgaram o meu caráter, duvidaram da minha personalidade, mais na minha cabeça  esperava a resposta para responder essas pessoas e,não tem termo melhor  pra responder  do que “absolvidos”  de cabeça erguida volto a lida,mais consciente que o operador de segurança trabalha como uma faca de dois gumes, pode ser herói ou vilão depende das circunstâncias,mais o agente penitenciário tem uma terceira pode ser vitima de tramóias de reeducando,indivíduos criados sem limite algum e,quando imposto limite a eles, são capaz de tudo, para tirar do seu caminho.
Muito obrigado a todos pelo apoio.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O QUE COMEMORAR NO DIA DA AMAZÔNIA?

Por que parada militar? Não seria mais apropriado comemorar esse dia com desfile de escolas de samba?
A pergunta foi feita, via Facebook, por Cláudio Nogueira, de Manaus. Amanhã, 5 de setembro, dois dias antes do Grito do Ipiranga, a Secretaria de Educação do Estado do Amazonas bota as crianças prá marchar. Na verdade, ninguém sabe direito porque está marchando. Feriado. Data cívica. É também o Dia da Amazônia, instituído pelo Senado.
A escola vai empurrando com a barriga, aos trancos e barrancos, obrigando os alunos a memorizarem algumas datas e os nomes de alguns “heróis”. A mídia vai fazendo como pode o seu samba do crioulo doido ou a toada do caboco pirado.
Comemorar o quê?
Alguns já trazem a resposta decorada: em 5 de setembro de 1850 o Amazonas foi elevado à categoria de Província. E daí? Faça uma pesquisa de opinião, entreviste vereadores, deputados, prefeito e pergunte a cada um deles: você sabe o que significou para a vida dos amazonenses a criação da Província?
Taí, uma boa pergunta: o que teria acontecido, se não tivesse havido o 5 de setembro, isto é, se o Amazonas não tivesse se transformado numa província autônoma?
Bom, em primeiro lugar, hoje não seria feriado no Amazonas. Que pena!
Em segundo lugar, continuaríamos sendo uma comarca da Província do Pará e depois um município do Estado do Pará. Do ponto de vista político, não teríamos um governador próprio.
Não haveria também uma Assembléia Legislativa do Amazonas, da mesma forma que hoje não existe uma Assembléia Legislativa do Alto Solimões. Como o Alto Solimões nos enviou esses dois estadistas impolutos - Lupércio Ramos e Belarmino Lins - assim também nós enviaríamos para a Assembléia Legislativa do Pará, como representante do Amazonas, um montão de “fichas sujas”.
O amazonense não existiria como identidade coletiva politicamente trabalhada e estimulada. Seríamos todos paraenses, conterrâneos - ai, meu Deus! - do Jarbas Passarinho e do Jader Barbalho, mas em compensação de muita gente porreta. Falaríamos bonitinho como os paraenses, enfatizando os “nh”: maninio, queres comer farinia da vizinia?
Pesquisa histórica me levou a trabalhar os Anais da Assembléia Legislativa Provincial, onde estão as atas com os discursos dos deputados, seus projetos, os argumentos a favor e contra, enfim as diferentes propostas dos setores dominantes. Publiquei então um artigo intitulado “Quanto vale um índio no Amazonas”, onde reproduzi o primeiro projeto dos nossos deputados, que vale a pena ser relembrado.
A criação da Província do Amazonas permitiu que a elite econômica local organizasse a exploração da mão-de-obra, formada fundamentalmente por índios. Em 1850, cerca de 60% da população recenseada do Amazonas era constituída por índios. Os negros não ultrapassavam o número de 500, os donos de plantações e os negociantes ligados ao extrativismo tinham nos povos indígenas a principal fonte de mão-de-obra. Se o índio não trabalhasse, ninguém comia no Amazonas.
Os deputados da Assembléia Legislativa Provincial, representantes da minoria de 8% de brancos que aqui vivia se lançaram com voracidade sobre os índios. Os nobres deputados não esperaram sequer que a Casa fosse organizada para colocar as unhas de fora.
No dia 9 de setembro de 1852, foi lido o primeiro projeto da Assembléia Legislativa que rezava:
Art. 1 - Fica livre a todo morador poder ir contratar a troca dos indígenas bravios com os principais das nações selvagens.
Art. 2 - Feita a troca, o indivíduo apresentar-se-á com os indígenas perante o Juiz de Paz mais vizinho para assinar um termo de educação por espaço de dez anos.
Os nobres deputados voltaram a entrar na História pelas portas dos fundos alguns anos mais tarde. A Lei nº 86 de 22 de outubro de 1858 concedia “um prêmio de 50$000 réis por indígena isolado e 100$000 réis por chefe de família indígena excedente a duas pessoas, maiores de 8 anos de idade, ao empresário que colonizar e fizer residir no estabelecimento número superior a 15 indígenas”.
Para os índios, que constituíam a maioria da população, a elevação do Amazonas à categoria de Província significou o recrudescimento da exploração de seu trabalho, a invasão de suas terras, com conseqüências graves, que levaram ao extermínio de muitos povos e ao empobrecimento cultural da região.
Comemorar o quê? Quem comemora? Parada militar ou escola de samba? Viva o 5 de setembro? O que interessa agora é saber quando o Amazonas deixará de ser província.
P.S.: Conto esses e outros fatos no livro de minha autoria “Rio Babel – a história das línguas na Amazônia”. A Editora da UERJ, em coquetel realizado sábado, 3 de setembro, na Bienal do Livro no Rio, organiza o lançamento da sua segunda edição – a primeira se esgotou.
O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO). Escreve no Taqui pra ti.
fonte:blog do Altino Machado

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sábado, 3 de setembro de 2011

"só pra curtir"


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