sexta-feira, 23 de março de 2012

Geraldo vandré quebra o silêncio após 37 anos e fala da ditadura

fonte globo news

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quarta-feira, 21 de março de 2012

O PT PRECISA APRENDER A PERDER

POR EVANDRO FERREIRA

Tenho um filho de seis anos muito serelepe. Já está lendo e seu desenvolvimento físico e mental é normal, graças a Deus. Como toda criança, já passou por várias fases que, de uma forma ou de outra, ajudarão a moldar o seu caráter. E muitas outras fases virão pela frente.

Na fase que meu filho está vivendo, a gente precisa ficar atento para corrigir os rumos, incentivar ou reprimir coisas boas e ruins que afloram.

De uns meses para cá, meu filho está passando por uma fase que todos nós experimentamos quando criança - aquela de sempre querer ganhar ou levar vantagem nas brincadeiras ou outras atividades que pratica.

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Coice na democracia

Nesse aspecto, o meu garoto é exagerado: quando perde uma disputa, mesmo a mais boba delas, chora, esgoela e grita que detesta perder.

Mas tenho agido para mostrar a ele que ganhar e perder faz parte da nossa vida e que às vezes a derrota nos ensina lições valiosas.

Com todo o respeito que um senador da República merece, não consigo enxergar na iniciativa do senador Anibal Diniz (PT-AC), de propor um plebiscito sobre o fuso horário acreano, algo típico de um adulto, sobretudo de um senador da República. Só consigo ver na iniciativa a preponderância, o reflexo da fase infantil um dia vivida pelo senador.

É incrível que a gente esteja testemunhando isso nos dias de hoje, mais de 25 anos após o restabelecimento da democracia no nosso país. E pior: a luta pela volta do estado democrático no Brasil foi uma luta de Anibal Diniz e seus companheiros da Frente Popular do Acre, nos quais me incluo como simpatizante e militante da causa desde o início dos anos 1980, quando militei no movimento estudantil ao lado de Marina Silva, Marcos Afonso, Binho Marques, Carioca, Gerson Albuquerque e tantos outros.

Acreditem leitores, no seio do movimento estudantil, durante o período da ditadura, as decisões nunca foram monocráticas. Tudo era decidido, no âmbito dos diversos grupos políticos existentes na época, na base de muito discurso, tratativas de convencimento e, principalmente, voto, eleição. Mesmo quando a reunião tinha apenas três ou quatro pessoas.

Daí o meu espanto com a iniciativa do senador Anibal Diniz de propor um plebiscito para decidir o que o povo acreano já decidiu no voto em referendo, de forma soberana, em eleições limpas e honestas: a volta do fuso horário que fora mudado de forma arbitrária.

Indiretamente, ajudei a colocar Anibal Diniz no cargo que hoje ocupa, pois votei em Tião Viana, o titular da cadeira no Senado que ele assumiu no ano passado.

Como democrata, respeito as regras do estado democrático que prevalecem no país e considero Anibal Diniz um senador legítimo. Ponto.

Entretanto, afirmo que a atitude dele em relação ao plebiscito proposto, embora juridicamente possível sob o ponto de vista legislativo, além de atentar contra princípios democráticos arraigados – resultado de eleição tem que ser acatado –, faz pouco caso do valor dos votos dos acreanos.

Aníba Diniz desconsidera a vontade de 56,87% dos eleitores que votaram favoravelmente pelo retorno do antigo fuso horário acreano.

Tenho certeza que muitos acreanos pensam assim. Mesmo os que votaram pela permanência da mudança do atual fuso horário acreditam que em primeiro lugar deve-se respeitar a decisão do povo, ou seja, a volta do fuso horário.

Já conversei com muitas pessoas e li muitas opiniões e esse princípio democrático não é questionado por ninguém. Na democracia em que vivemos, é possível uma nova votação para saber se a população acreana, mais uma vez, quer ou não mudar o seu fuso horário.

Se o senador, e o grupo político que ele representa, não ficaram conformados com a derrota no referendo de 2010 e se ele, atendendo interesses pessoais, empresariais e mesmo populares, quisesse voltar a discutir a questão, ele tem o poder para propor legislação sobre o tema, pois seu cargo lhe faculta tal ação.

Antes de fazer o que fez, o senador deveria, atento a princípios democráticos, esperar que em primeiro lugar a vontade legítima da maioria dos acreanos fosse consumada. Somente após isso ele deveria propor uma nova consulta.

De outra forma, e ele fez exatamente isso, como podemos interpretar a atitude do senador Anibal Diniz?

Na angústia que vivo quando penso nessa questão do fuso horário acreano, só posso achar que o senador agiu exatamente como meu filho, de seis anos, agiria em caso de derrota: chorou, reclamou, se revoltou e quer, a qualquer custo, mudar resultados desfavoráveis a ele.

Se essa é uma iniciativa pessoal do Senador, só ele pode esclarecer. Mas é bom que fique claro que ela vai causar muitos estragos eleitorais ao grupo político ao qual ele pertence.

Afirmo isso com autoridade, pois havíamos, eu, Altino Machado, Toinho Alves e outros, alertado o então senador Tião Viana do custo político de persistir no erro de mudar de forma autoritária o fuso horário. As eleições de 2010 foram a prova e as perspectivas para a eleição de 2012 confirmam o estrago.

Ainda existe tempo para o senador Aníbal Diniz se redimir do grande equívoco,  fazer uma autocrítica, olhar para o passado recente e aprender com os erros cometidos por alguns de seus colegas.

A derrota, como tenho dito a meu filho, traz lições valiosas.

Na qualidade de eleitor que o ajudou na sua caminhada até o Senado, só posso pedir uma coisa: pense e aja como um autêntico democrata. Só isso.

Evandro Ferreira é pesquisador do Inpa-AC e do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre. Mestrado em Botânica no Lehman College, New York, e Ph.D. em Botânica Sistemática pela City University of New York (CUNY) & The New York Botanical Garden (NYBG)

estraido do blog do Altino Machado

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Palhaçada sem precedentes!!

Anibal Diniz a mando de Tião Viana


O senador Aníbal Diniz (PT-AC) apresentou nesta terça-feira (20), no Senado, Projeto de Decreto Legislativo para convocar um plebiscito no Acre, no Amazonas e no Pará com o objetivo de consultar os eleitores sobre a alteração do fuso horário feita pela Lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008.

- Apresentamos proposta para que possamos fazer uma consulta às populações do Acre, Amazonas e Pará em relação à questão do fuso horário que deve prevalecer nesses Estados - disse o senador.

O projeto prevê que o plebiscito deverá ser realizado em cada um dos três Estados juntamente com o primeiro turno das eleições de 2014 para deliberar sobre a seguinte questão: “Você é a favor da alteração do horário legal promovida no seu Estado pela Lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008, diminuindo de duas para uma hora a diferença de fuso horário deste Estado em relação ao horário oficial de Brasília?”.

Segundo o senador, a proposta pretende convocar o plebiscito para que as populações dos três Estados envolvidos se manifestem sobre o tema e “para que o Congresso Nacional tome a melhor decisão sobre a alteração dos fusos horários adotados na Região Norte do país de acordo com a vontade da população".

Histórico

Na justificativa do projeto, o senador destacou que o Decreto nº 2.784, de 18 de junho de 1913, estabeleceu o fuso horário brasileiro.

Em 2008, a Lei nº 11.662, proposta pelo então senador Tião Viana, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente Lula em 24 de abril, modificou esse decreto, diminuindo em uma hora a diferença do fuso horário entre os Estados do Acre, Amazonas e Pará em relação ao horário oficial de Brasília.

Em seguida, pelo Decreto Legislativo nº 900, de 2 de dezembro de 2009, foi convocada consulta popular entre os eleitores do Acre sobre essa alteração.

A consulta foi realizada no dia 31 de outubro de 2010 e 56,87% dos eleitores do Acre rejeitaram a alteração.

- Vale ressaltar que, embora os efeitos da Lei 11.662/2008 atingissem os Estados do Acre, Amazonas e Pará, a consulta popular ocorreu apenas no Estado do Acre - lembrou o senador.

Em decorrência disso, foi apresentado o Projeto de Lei do Senado nº 91, de 2011, de autoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), que recuperava o fuso horário anterior do Estado do Acre, de duas horas em relação ao horário oficial de Brasília.

A proposta foi aprovada no Senado e na Câmara, mas vetada pela Presidência da República em 20 de dezembro de 2011. Em seguida, a presidente Dilma encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei 3.078, de 2011, pelo qual restabelece o fuso de duas horas para os Estados do Acre e do Amazonas.

- É o momento de encerrar de vez essa polêmica. Temos a certeza de que com a realização dessa consulta popular iremos dirimir todas as dúvidas sobre o tema e escolher o caminho que melhor atenda às necessidades e os interesses do povo dos Estados envolvidos, encerrando, assim, esse tortuoso processo - afirmou Diniz, que era suplente do senador Tião Viana, atual governador do Acre.

Petecão reage

O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) disse que o plebiscito deveria ter sido feito antes de o então senador Tião Viana mudar o horário do Acre.

- E não foi feito o plebiscito. Foi feito de forma autoritária, atropelando, e mudaram o nosso horário. O povo foi às urnas e disse que não aceita. Foi feito o referendo. Eu, sinceramente, me preocupo muito com a sua proposta. Eu sei que o senhor deve estar cheio de boas intenções, mas eu não teria coragem de apresentar uma proposta desta no Estado do Acre, porque vai causar uma revolta muito grande na população - afirmou Petecão.
 
Do blog do altino machado

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