Rocileuda já foi furada de faca pelo ex-marido, que além de não querer ficar com os filhos se recusa a pagar pensão.
Da Redação da Agência contilnet
A doméstica Rocileuda Alípio Coutinho, 32, vive uma vida de cão. Além de estar desempregada, com sete filhos para sustentar, quando entra em transtorno mental e crise depressiva tenta matar os mesmos com qualquer objeto cortante que esteja à sua frente.
Ela diz que já foi à Justiça para entregar os filhos ao ex-marido, Erineudo Assunção Marques, 33 anos, - pai de quatro crianças - mas nada ainda foi resolvido. Segundo ela, além de não querer cuidar dos filhos, Erineudo ainda se recusa a pagar pensão.
Rocileuda viveu cerca de 15 anos com o marido, mas diz que o deixou porque quando ele ingeria bebida alcoólica ficava violento e lhe batia muito. “Ele me furou com uma faca porque cobrei a pensão dos meninos”, lembra.
Ao mostrar as marcas dos cortes nas costas, ela chora e diz que já procurou a Justiça para pedir ajuda, mas que nada foi resolvido. “Tem três mandados de prisão para o meu ex-marido por ele não pagar pensão aos filhos, mas até agora ele está solto, trabalhando para um funcionário da Justiça. Acho que é por isso que faz o que quer”, supõe.
Um atestado assinado pelo médico Gilvan R. de Almeida, do Hospital de Saúde Mental do Acre (HOSMAC,) confirma que o estado de saúde de Rocileuda não é normal. O médico diz que ela se encontra em tratamento ambulatorial e que necessita de psicofármacos de uso contínuo. A mulher está em tratamento desde janeiro de 2008.
Rocileuda, que também faz tratamento contra a epilepsia, diz que não se lembra das ameaças que faz aos filhos, e que isso só acontece quando perde a memória. “Eles contam que fico agressiva, procurando facas, terçados e até pedaço de madeira para matá-los”, conta.
Ela também não come e não toma banho durante o período dos transtornos, que chega a durar até uma semana. “Se os meus filhos não me derem comida, morro de fome”, relata.
Ao procurar a Agência de Notícias ContilNet, a mulher disse acreditar que esta poderia ser sua única chance de chamar a atenção das autoridades para o drama que vive.
“Só eu sei o que passo para criar meus filhos. Há mais de um ano que não recebo nada do meu ex-marido, que há pouco tempo tentou me matar porque fui cobrar pensão. Será que a Justiça não está vendo isso, meu Deus?”, conclui com lágrimas nos olhos.
Escrivão diz que juiz já expediu mandado de prisão
O escrivão da Vara Cível do Fórum Desembargador Vieira Ferreira, Charles Augusto Pires Gonçalves, disse que já existe um mandato de prisão expedido pelo juiz Robson Aleixo contra o pedreiro Erineudo Assunção Marques desde o dia 18 de janeiro deste ano.
Charles explica que se Erineudo ainda não foi preso é porque o oficial de justiça tem um prazo para cumprir o mandado, e o acusado, para apresentar a defesa.
Sobre a denúncia de que o pedreiro estaria trabalhando para um funcionário da Justiça, Charles disse ter recebido informações de que o mesmo fez apenas um trabalho na casa de um oficial, mas que não tem vínculo empregatício com o mesmo.
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