PT pede queimadas até 2018, um tempo para política ambiental eficaz
PT diz que não tem dinheiro para programar política ambiental sem fogo.
Deputado Moisés defende equilíbrio entre sustentabilidade e sobrevivência
Deputado Moisés defende equilíbrio entre sustentabilidade e sobrevivência
Passados trezes anos, o governador Tião Viana enviou à Assembleia
Legislativa, na manhã desta quinta-feira (18), os líderes de sua tropa
de choque ambiental, o secretário de meio ambiente, Edgar de Deus, e o
presidente do Imac, Fernando Lima para dizer que o Estado não tem
dinheiro [o equivalente a R$ 4 bilhões], para programar uma política
ambiental sem fogo, como determina a ação civil pública impetrada em
conjunto pelo Ministério Público Federal e Estadual no ano de 2009.
A mesma ação determinou que o Estado desenvolvesse políticas públicas
para substituir as queimadas. Depois de fazer as contas, segundo Edgar
de Deus, o governo concluiu que não tem as condições imediatas para
cumprir as determinações exigidas pelas promotorias.
- Estamos aguardando o julgamento de um agravo de instrumento que
ainda não aconteceu, enquanto isso prevalece a determinação de queima
zero a partir de 2012 – acrescentou Edgar de Deus.
Este ano, ainda foi liberada a queima de um hectare para cinco
municípios que compõem a região do Juruá. O secretário veio a Assembleia
pedir socorro aos deputados para esticar por um prazo de mais dez anos,
a autorização para queima. Edgar disse que esse prazo é suficiente para
os investimentos previstos na ordem de R$ 4 bilhões.
Os cálculos feitos pela equipe de planejamento do governo vão de
encontro com os que norteiam a ação civil pública. O Ministério Público
entende que com apenas R$ 20 milhões é possível fazer investimentos
vitais que eliminam os impactos negativos da queimada no meio ambiente.
No meio desta colisão, 40 mil produtores rurais esperam pela decisão.
A Procuradoria Geral do Estado se embasou em decreto regulamentado pelo
ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso para pedir a liberação das
queimadas regulamentadas pelo prazo de 10 anos.
Para o deputado estadual Moisés Diniz, líder do governo na Aleac, “é
preciso encontrar um equilíbrio entre sustentabilidade e sobrevivência”.
O deputado concordou que houve nos últimos anos, uma sobrecarga na
política de florestania.
- O homem precisa sobreviver e a gente precisa encontrar uma forma de
preservar as florestas. O governo precisa equilibrar os dois
pensamentos – disse Moisés.
O deputado Major Rocha, líder da oposição, disse que a mudança de
comportamento do governo da Floresta, comprova que o discurso da
oposição está certo. O tucano lembra que defesa por um Acre produtivo é
uma bandeira de Tião Bocalom.
- Demorou 13 anos para Frente Popular enxergar que o homem do campo
está abandonado e que o Acre precisa produzir. É simples, se não há
produção no campo, não há riqueza na cidade. Faltou competência para a
implementação de políticas públicas ao homem do campo e eles agora
querem mais tempo. Precisa ver se a sociedade ainda confia nesta
ladainha – disse Rocha.
fonte :ac24horas
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