quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PT pede queimadas até 2018, um tempo para política ambiental eficaz

PT diz que não tem dinheiro para programar política ambiental sem fogo.
Deputado Moisés defende equilíbrio entre sustentabilidade e sobrevivência
Passados trezes anos, o governador Tião Viana enviou à Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (18), os líderes de sua tropa de choque ambiental, o secretário de meio ambiente, Edgar de Deus, e o presidente do Imac, Fernando Lima para dizer que o Estado não tem dinheiro [o equivalente a R$ 4 bilhões], para programar uma política ambiental sem fogo, como determina a ação civil pública impetrada em conjunto pelo Ministério Público Federal e Estadual no ano de 2009.
A mesma ação determinou que o Estado desenvolvesse políticas públicas para substituir as queimadas. Depois de fazer as contas, segundo Edgar de Deus, o governo concluiu que não tem as condições imediatas para cumprir as determinações exigidas pelas promotorias.
- Estamos aguardando o julgamento de um agravo de instrumento que ainda não aconteceu, enquanto isso prevalece a determinação de queima zero a partir de 2012 – acrescentou Edgar de Deus.
Este ano, ainda foi liberada a queima de um hectare para cinco municípios que compõem a região do Juruá. O secretário veio a Assembleia pedir socorro aos deputados para esticar por um prazo de mais dez anos, a autorização para queima. Edgar disse que esse prazo é suficiente para os investimentos previstos na ordem de R$ 4 bilhões.
Os cálculos feitos pela equipe de planejamento do governo vão de encontro com os que norteiam a ação civil pública. O Ministério Público entende que com apenas R$ 20 milhões é possível fazer investimentos vitais que eliminam os impactos negativos da queimada no meio ambiente.
No meio desta colisão, 40 mil produtores rurais esperam pela decisão. A Procuradoria Geral do Estado se embasou em decreto regulamentado pelo ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso para pedir a liberação das queimadas regulamentadas pelo prazo de 10 anos.
Para o deputado estadual Moisés Diniz, líder do governo na Aleac, “é preciso encontrar um equilíbrio entre sustentabilidade e sobrevivência”. O deputado concordou que houve nos últimos anos, uma sobrecarga na política de florestania.
- O homem precisa sobreviver e a gente precisa encontrar uma forma de preservar as florestas. O governo precisa equilibrar os dois pensamentos – disse Moisés.
O deputado Major Rocha, líder da oposição, disse que a mudança de comportamento do governo da Floresta, comprova que o discurso da oposição está certo. O tucano lembra que  defesa por um Acre produtivo é uma bandeira de Tião Bocalom.
- Demorou 13 anos para Frente Popular enxergar que o homem do campo está abandonado e que o Acre precisa produzir. É simples, se não há produção no campo, não há riqueza na cidade. Faltou competência para a implementação de políticas públicas ao homem do campo e eles agora querem mais tempo. Precisa ver se a sociedade ainda confia nesta ladainha – disse Rocha.
fonte :ac24horas

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