quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acre é destaque na crise do sigilo de documentos ultrassecretos

Negociações do Barão do Rio Branco para anexação do AC é a razão

O Acre é um dos principais protagonistas da mais nova crise política da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. O sigilo das negociações políticas e diplomáticas realizadas pelo Barão do Rio Branco, no início do século passado, para anexar o Acre ao Brasil é defendida por políticos que defendem a eterna não divulgação de documentos ultrassecretos.

O principal defensor da ideia é o senador José Sarney (PMDB-AP). Para o senador, a divulgação de documentos envolvendo o episódio histórico poderia gerar crises diplomáticas entre Brasil e seus vizinhos, nesse caso a Bolívia, mesmo mais de um século depois.

Enquanto as negociações do Barão de Rio Branco e a anexação do Acre ficam na linha de fogo entre Congresso e Planalto, a presidente Dilma perde força até com seu próprio partido, o PT. A bancada petista no Senado decidiu apoiar a proposta que limita o sigilo de documentos sigilosos.

A matéria foi enviada em 2008 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto original reduzia de 30 para 25 anos a renovação do sigilo. Essa renovação ocorreria de forma ilimitada. Emenda apresentada na Câmara, entretanto, ampliou a confidência para 50 anos, sem renovação do prazo..

A presidente Dilma chegou a apoiar a mudança. Agora, por pressões de aliados como Sarney e Fernando Collor (PTB-AL), Dilma volta atrás.

História: Após o conflito armado entre seringueiros brasileiros e o exercita da Bolívia, que resultou na derrota do último, o governo brasileiro do então presidente Rodrigues Alves decidiu intervir na crise.

Seu chanceler Barão do Rio Branco foi o principal negociador para pôr um fim à disputa. Para recompensar a Bolívia pelo território perdido –o Acre – o Brasil ofereceu dois milhões de libras esterlinas e a construção da estrada de ferro Madeira Mamoré – o que não chegou a ser concluído.

Em 17 de novembro de 1903, na cidade de Petrópolis (RJ), foi assinado o acordo entre Brasil e Bolívia que leva o nome da cidade serrana. O Tratado de Petrópolis colocava um ponto final na disputa pela então rica região produtora de borracha e selava a paz no extremo Norte do país.

fonte: A gazeta.net

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